07/06/2010

O regresso

Por que será que mudamos de passeio sempre que reconhecemos à distância um antigo amigo do liceu que não temos vontade em rever? Receamos o embate com o passado, o protocolo embaraçoso, a falta de assunto? Pensamos que regressar àquele mundo perdido seria sempre difícil e doloroso?

Talvez devêssemos admitir o contrário. Se nos afastamos não é porque nos tornámos noutra pessoa, enquanto o nosso antigo colega permanece igual. Se o evitamos é porque temos receio que ele tivesse mesmo mudado, ao passo que nós continuamos rigorosamente como éramos. Vinte anos depois, temos menos estofo para comparações.

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